Dominique me disse para aproveitar o sol, não estudar até tarde e passear pela cidade. Segundo ele e 100% das pessoas com quem conversei, no inverno todo mundo se tranca e aí sim é hora de estudar o dia todo. Então, por enquanto como não começaram as aulas estou seguindo as orientações do meu diretor e dividindo o tempo entre a pesquisa e as belezas da cidade, embora para mim as duas coisas estejam bem entrelaçadas, aliás para mim tudo está bastante enovelado nessa vida-rede.
Minha anfitriã Renata sugeriu então um almoço no cartier latin (to amando esse lugar) e uma visita ao Museo D´Orsay. Pour moi, c´est parfait! Desta vez escolhemos um restaurante italiano e pedimos um risoto de trufas com cogumelos, maravilhoso, ao custo de 10 euros. Depois tomamos um sorvete também italiano que era tão bonito quanto gostoso, tem um formato de flor e um sabor fantástico. Ideal para uma tarde de sol em Paris (Gente, como isso soa metido, rs! Ainda tenho que me acostumar com a ideia de que moro em Paris.). Uma bela caminhada a beira do Sena jogando conversa fora e então chegamos ao museu dedicado, principalmente, a obras de impressionistas e pos-impressionistas. Não sou entendida de arte, mas sei admirar, ainda mais quando dei de cara com alguns dos quadros que Degas pintava com o tema de bailarinas. Superbe! Quantas vezes não me encontrei com aquelas imagens desde a minha infância e, de repente, elas estavam ali bem a minha frente e de verdade.
Tivemos que deixar a emoção de lado quando os seguranças começaram a se comportar com certa grosseria pedindo que saíssemos do museu, a Renata ainda tentou questionar, pois ainda não era hora de fechar e queríamos ver outras coisas. Ligando os fatos conseguimos entender o que estava acontecendo, foi tudo por causa de um sac rouge. Alguém esqueceu a bolsa nas dependências do museu, fizeram o anúnico no alto falante pedindo para que o dono a buscasse e como ninguém apareceu, virou suspeita de bomba! A Rê disse que isso acontece quase todas as vezes que ela vai lá, qq coisa esquecida se torna risco de bomba, incrível isso, mas infelizmente é um cuidado justificado. Depois dos ataques terroristas ao metrô de Londres todas as atenções se voltaram para Paris, mas por sorte os patrimônios e vidas continuam preservadas por aqui. Nem Hitler teve coragem de destruir Paris quando conquistou a França, a justificativa é que ele queria construir uma Alemanha ainda mais estonteante que pudesse ser comparada e que "vencesse" a monumental beleza da capital francesa. Por certo, seu reinado foi abaixo antes disso.
Bem, cerca de 20 min depois, quando todos tinham sido encuralados no saguão de entrada do museu, descobriram que a bolsa era só uma bolsa e pudemos encerrar nossa visita. Para me matar de felicidade a Renata ainda me levou para conhecer o Le bon Marché, esse sim o verdadeiro Verde Mar daqui, eu simplesmente não consigo descrever o lugar, para mim é um parque de diversões, tudo de mais fantástico em culinária vc encontra nesse lugar, até a prateleira de águas é incrível, sensacional! Ainda volto para explorar melhor, apesar de não ser um lugar direcionado aos bolsos de estudantes. Com tudo isso, nos dirigimos a uma bela patisserie (quero ter uma!) pra terminar a tarde esgotada de felicidade e energia!
Digo isso, pq não segui a ordem cronológica no post e esqueci de mencionar que acordei as 7 da manhã para passar pelos tensos procedimentos do OFII (rendez vous medicale) e, enfim, conseguir meu visto definitivo para meu ano na França! O dia começou perrenguento, mas tudo terminou bem.


3 chic your blog!je serei um seguidente du mismo.
RépondreSupprimerune sac rouge é um ótimo nome para uma coreografia.
RépondreSupprimer