vendredi 29 octobre 2010

55ème: C´est spetaculaire!

Tem hora que o pensamento precisa de espaço e o corpo de sensações. Eu estava assim, querendo trocar pesos e medidas quando me dirigi ao Pompidou para assistir Nos solitude, um espetáculo de Julie Nioche que participa da 39° edição do Festival D´Automne à Paris. Nada seria mais apropriado para aquela noite. O que vi foi um belíssimo retrato da vida e seus contra-pesos em um corpo que por vezes resiste, outras se entrega; que pesa mas, flutua; navega entre as potências do espaço e pra isso, se esforça e por isso se (re)compensa. 
Além de toda a poesia da construção apresentada, por um músico e uma bailarina, nota-se facilmente o esmero técnico que há por trás da cenografia, da luz e da qualidade dos movimentos plenamente acurados, detalhados, esgarçados em precisão e potentes na profusão de sentidos. Foi brilhante a maneira simples como esses criadores envolveram estrutura e sentimentos tão complexos nesse Espetáculo, aliás não há nome mais justo do que esse para interpretar essa noite.


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