mardi 18 janvier 2011

137ème jour: Boules

foto: anareczek.blogspot.com
As ideias andam, literalmente, borbulhantes. Entre bexigas, bolhas de sabão e plástico bolha; eu, Carol e os agregados que não param de chegar e "comprar" nossa ideia andamos refletindo muito sobre as imagens que esses elementos trazem à tona, como: leveza, transparência, fragilidade, recobrimento, distorção e estouros. É essa a junção poética que queremos experimentar no corpo e transformar em movimento, dito dança. 
A ponte com meus estudos é imediata, está na própria relação entre corpo e espaço que muito provavelmente irá ganhar um capítulo de minha tese, ancorada nas obras de Gil, Bauman, Certau , Auge Marc, entre outros. Ponho-me em um ousado exercício do pensamento que está em descamar um corpo que se cobre, descobre, recobre, desdobra, enfim, que está em relação incessante com e no mundo, move-se entre o dentro e o fora em limites intangíveis. Há algo em psicologia , que como leiga não me atrevo a explicar com exatidão, mas que diz sobre "estourar" o outro para então conhecê-lo, talvez trate-se de um processo de resignificação. Vivemos em bolhas, nelas nos escondemos em leve transparência. Coloco agora meu corpo a serviço dos estouros, irei corporificar as ideias, como modo de reflexão da carne, para então dizer sobre. Minha pesquisa é assim, fala do corpo e dele também parte. Método ou percepção? O que importa agora é que essa paixão arte-ciência tem me levado.

Aucun commentaire:

Enregistrer un commentaire