Bem, até que a gripe foi produtiva, em mais um dia de molho em casa, consegui finalizar o livro do José Gil que muito me inspirou. Uma leitura complexa a qual certamente voltarei. Destaque para as discussões sobre o espaço da pele e as reflexões sobre o interior do corpo, nem sempre compreendidas pela minha pessoa. Interessou-me muito também a abordagem sobre a voz e a linguagem como formas de expressão desse interior. Preciso amadurecer essas ideias que esbarram ainda nos agenciamentos de Deleuze. Não sei se estou em processo de encantamento com meu tema, mas a meu ver a leitura de Gil, beira a poesia e talvez, por isso, tenha me movido tanto. Para mim as palavras dele dançam:
"Por outras palavras, entre corpos não há comunicação senão sobre um fundo de agenciamento afectivo e formal: eu desposo ritmos emocionais, através da voz, do olhar, da expressividade de outrem, e isso significa que eles se inscrevem no espaço da minha abertura ao outro. E esse espaço é, antes de mais, o espaço da pele." (GIL José, 1997, p.181)
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire