jeudi 10 février 2011

161ème jour: Brésil x France

As expectativas eram as melhores possíveis! Imaginem só? Ver a seleção brasileira no Stade de France jogando contra os Le Bleus. Sentir o calor da torcida no inverno francês, a brasileirada toda reunida, esbravejando do hino nacional ao grito de torcida. Fantastique, pas?!
 - Pas de tout!

Rumo ao estádio via algumas camisas verde-amarelas perambulando pelo metrô, enquanto os franceses, aos milhares, exibiam os rostos pintados e bandeiras a mão. Quantas bandeiras pintaram o estádio!

Chegando lá, vi quão monumental é o espetáculo do futebol, cenário todo armado, mega organizado, tudo muito bonito de se ver. Uma paisagem magnífica, como tantas outras em Paris. As torcidas estavam misturadas, afinal era um jogo amistoso (ou caça níquel, como preferirem) e com isso... cadê todo mundo?! Em minoria nossa torcida esparramada perdeu forças, ficou marcada e mais uma vez estereotipada pelas passistas de samba que a beira do gramado exibiam seu rebolado em minúsculos biquinis diante do frio de uns 5° graus e uma bateria de escola de samba, que embora tomasse conta dos telões do estádio, perdia força pela amplitude do lugar. Ok, isso me irritou bastante!

Mas ficava um sentimento de vingancinha do tipo, se é samba que vocês querem, esperem só o Robinho começar a pedalar! Mas, que nada. Em campo uma seleção apática com pouquíssimos nomes conhecidos e que conseguiu, em um jogo amical ter um jogador expulso no primeiro tempo. Parece que o Hermanes confundiu samba com capoeira e acertou um golpe no peito do francês. A noite ficou azul, como os franceses e a alegria tupiniquim parecia congelada. 1 x 0 para eles que nos perguntavam em tom de ironia-polida: Où est le samba

Na volta para casa imaginei que seria esmagada pela multidão dos vencedores no RER. E, após ter as expectativas furadas, refletia enquanto sentava-me confortavelmente no vagão, após uma pequena espera em uma fila super organizada que escoava 80 mil pessoas bem comportadas como se absolutamente nada tivesse acontecido naquele lugar: Será que esse povo sem calor, algum dia conseguirá entender o samba?!

Ok, sei que nesse post caí em todas aquelas generalizações culturais que não me agradam em nada, inclusive na imagem de país do samba que tentei negar no começo. Mas, perdoem-me é futebol, sou brasileira e detesto ser freguês da França. 

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