mardi 1 mars 2011

180éme jour: Chez moi, chez moi, chez moi... Il faut changer ça!


Aquelas quatro estações que um dia estudamos na escola, mas no Brasil nunca conseguimos identificar bem, existem mesmo do lado de cá. O tempo começa a mudar em Paris, a primavera está em esforço de surgir e uma ou duas vezes por semana nossos olhos já se fecham diante de raios de sol. Se fecham pelo prazer da sensação quase esquecida ou simplesmente, por uma resistência a claridade já perdida.  

Mas, o choque das estações não é pura harmonia. O inverno parece raivoso em perder o domínio dos ares e encobriu a cidade com uma névoa estranha, densa e fria, a qual não conhecia. Caminhar pelas ruas toma maior esforço, não há um livre fluir, a sensação é mesmo de atravessamento.

Talvez essa seja a imagem final da travessia das estações, a primavera que quer chegar e o inverno que não que acabar. E meu corpo diante dessa briga, instala-se em um falso-conforto, quase dizendo: Resolvam-se e só depois me acordem.

Postura incômoda. Deste lado do oceano as pessoas variam como marés, corpo estranho aqui fica a deriva. Importante então, subir à proa, enfrentar o vento e escolher a própria direção.  

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