O dia mais quente que tive por aqui terminou com uma chuva deliciosa e até mesmo forte para água que costuma cair em Paris. Ficou aquela sensação gostosa de frescor como se a cidade nos colocasse para dormir depois de um dia esbaforido. Um alívio divino.
Bem, durante a tarde, enquanto ainda me desmanchava pelas ruas ensolaradas, entrei em um cinema também abafado em St Michel e assisti Medianeras (tenho muita dificuldade em guardar esse nome), uma co-produção entre Espanha, Argentina e Alemanha. O filme começou deliciosamente bem amarrado, interessante, deu uma volta lá na arquitetura pra falar da solidão, fobias e dos desamores e depois chegar em prozac e na fria maldição da internet. Tudo ia muito bem, mas as linhas foram tantas, que de nós vieram novelos e a narrativa se perdeu, ou fez jus ao gênero comédia romântica para apresentar um fim bestial. Uma pena, mas ainda assim acho que vale a pena ver o filme e quem sabe sair 10 min antes do fim, para evitar a má surpresa. Hoje foi também o dia em que ouvi a maior de todas as grosserias de um francês, mas resolvi não propagar essas coisas de gente de miolos quentes. Tento relevar e usar a sabedoria de nossos avós, o que não me serve deve entrar por um ouvido e sair por outro. Sem maiores aflições daqui em diante.
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