A Opéra Bastille foi construída em 1989 e suas instalações são super modernas e bonitas. Uma das coisas que adoro é que a visibilidade é boa de quase todos os lugares, assim mesmo dos balcões é possível assistir aos espetáculo de maneira mais confortável. Esta noite foi a vez da ópera Otello de Giuseppe Verdi, o drama de Shakespeare escrito há 4 séculos atrás é uma dessas provas que sempre temos da invariância das questões humanas: amor, poder, desconfiança, traição, mentira, morte e depois amor de novo pra renovar o ciclo.
A novidade está na belíssima composição cênica que produções desse porte tem sido capazes de fazer, com recursos aparentemente simples, embora se saiba que há um grande aparato tecnológico por trás dessa singeleza. Neste espetáculo espécies de enormes cortinas assumiram várias funções no palco como dividir a cena, servir como lugar de projeção de imagens, delimitar espaço de atuação ou ser objeto para os próprios atores e cantores. O resultado foi um palco 'limpo' que me agrada bastante e deixa o foco onde ele deve estar, na interpretação.

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