vendredi 8 octobre 2010

35ème:Deleuze

O Deleuze me dá uma sensação de flutuação e escape o tempo todo. Quando você acha que captou e vai logo tentando encaixotar a ideia, pronto... ela se desarruma toda. Experiência de leitura semelhante a do Peirce, lembro que desde a graduação saía das aulas com medo de tropeçar e misturar as ideias, rs! Este é o reino dos signos, não se perde tempo tentando capturar signos, eles estão em processo, em fuga, talvez se aproxime desse aspecto o diálogo sobre agenciamento. Entendo que por essas características o filósofo seja tão apreciado na área de dança, ler Deleuze, ao menos para mim - que diga-se de passagem sou iniciante e posso falar muita bobagem, o que aliás, nesse blog de "experimentos" é permitido - é como uma experiência física, de sentidos,  remete  a memória do corpo, seus fluxos e provoca uma construção de imagens do pensamento diferenciada e que se dilui muito rapidamente também. Será que estou no caminho certo? Será que existe um caminho certo?
Bem, outro dia ouvi alguém muito mais gabaritado do que eu dizendo que respeitava Deleuze, mas não o compreendia e fiquei pensando que é muita ousadia minha, que nem sou da área da filosofia, usar esse autor em minha pesquisa. De toda forma já me lancei nessa aventura, mais adiante perceberei se consigo ou não  trazer para "Corpographie" os (des)terrotórios de Deleuze.
Uma pista, acho que já tenho. Ao falar de Cartografia o autor relaciona vários de seus pensamentos  de maneira mais "visível", o que talvez me ajude a encontrar um ponto de partida. Ainda é cedo para afirmações , mas quero ao menos me aproximar dessas abstrações, algo me diz que no corpo sem órgão da minha pesquisa, cabem belos agenciamentos Deleuzianos.

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