Adoro dias corridos, parecem desafiantes e estancam pensamentos. Esse foi um desses. Comecei um novo seminário na EHESS chamado Corpo e Tic: approches socio-antrophologiques des usages numeriques, logo percebi que estava no lugar certo e olha que essa sensação de corpo-pertencente , ao menos para mim, tem sido coisa rara por aqui. Embora, o professor Antonio Casilli do Centre Edgar-Morin, falasse rápido demais misturando francês, inglês e algo em alemão, acho que a familiaridade com os termos apresentados me fizeram compreender bem a aula e bien aime aussi. Serão apenas seis encontros com os temas: vírus, cyborg, avatar, eSanté, reseaux et jouissance. Vale destacar também a variedade (já esperada!) da turma que trouxe discussões interessantes tornando o curso ainda mais dinâmico. Por enquanto faço um papel meio esponjinha por causa da dificuldade com a língua, mas estou tomando novas providências em relação a isso. Enfim, fiquei muito feliz com esse encontro entre pares!
Da aula para o teatro do Pompidou. Essa noite vi algo que, em mim, ainda está em processo. O espetáculo Miguel Gutierrez and the powerful people, construído em torno da figura de James Dean, encenado em inglês com tradução para francês, misturava as linguagens de teatro e dança e provocava fortemente uma profusão de sensações, que fez muita gente sair do teatro no meio da peça. O auge dos escapes foi quando um dos atores-bailarinos engoliu parte do microfone e ficou por um tempo demasiado murmurando grunhidos que se tornanram quase insuportáveis. Tapei os ouvidos, pois queria ver onde tudo ia dar. Passado o choque desse momento a cena se tornou mais acessível e até mesmo divertida. A seguir uma maratona de movimentos colocava em prova o preparo físico invejável dos bailarinos, incrível. O final, sem fim, foi bem surpreendente e me agradou. Posso dizer portanto, e por enquanto é só isso, que foi uma prova de resistência e que valeu ter chegado até o fim. Para os curiosos, vale o clic.
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