O volume de elementos que surgiram - demandando entrelaçamentos -, durante o processo de criação de Metastasis beirou o incontrolável e, certamente, não terminou. Curioso pensar nisso agora, pois parece óbvio diante do próprio título do qual nos apropriamos... Escolhemos uma linha inestancável, imenso desafio para corpos físicos em movimento.
Bem, mas se em certo momento tudo isso precisa ser arranjado e colocado no "mundo real" de alguma maneira, suponho que seja na hora de se dizer sobre. O esforço veio para o texto do flyer, cheio de limites publicitários, mas que ao menos retrata uma reflexão que se nega à um fim. Traduzir já serão outros 500, 800, 1000... Voilá!
O diálogo entre a arquitetura de Le Corbusieur e a música de Xenakis, direcionou a concepção de Metastasis, experimentação na qual a dança é introduzida como outro meio de tradução entre linguagens. O corpo ganha lugar na anatomia desses espaços e ocupa o funcionalismo modernista com suas formas fluidas e migratórias, propondo a reflexão sobre a disseminação de movimentos abstratos em espaços concretos.
Corpos, imagens e sons misturam-se a fim de questionar os limites físicos e subjetivos entre dentro e fora, fazendo com que a própria cena construa-se a partir da circulação dos espectadores entres os espaços. Tensionando os lugares comuns, perturbamos e deslocamos as bolhas imaginárias nas quais estamos imersos e, para tanto, nos restam os estouros.
Metastasis acontece ao mesmo tempo na Maison du Brésil et Foundassion Suisse (Cité Universitaire), dia 28 de maio, às 22h. Convidamos os espectadores a se deslocarem entre e nas casas, durante a experimentação.
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire