dimanche 26 juin 2011

302éme jour: Paris Gay

Paris acordou gay, estonteantemente bela e com uma alegria pulverizada por cada canto do meu quartier. Foi uma delícia andar pelo Marais depois da grande parada para ver e sentir a festa das manifestações de felicidade, liberdade, crítica, de uma debochadíssima falta de vergonha e uma deliciosa libertinagem! Instaurou-se o carnaval. A cidade, por vezes carrancuda, se travestiu de expressões de amor, estampou sorrisos e muito afeto. Até o sol apareceu para brindar a festa do sexo livre, sem culpas ou culpados. Foi extremamente contagiante, segui desavisada e leve para o cinema pensando que Paris devia ser gay mais vezes ao ano. 


Beginners - o filme que fui ver por um simples impulso de quem não queria voltar pra casa pequena tomada por um sentimento tão grande -, por mera coincidência também dizia da temática gay, com uma sensibilidade tocante. Mas, minguou minha alegria em instantes, me sufocou e levou para um lugar de dor absurda que me fez derreter em lágrimas, como nunca fiz no cinema. O filme é singelo, incrivelmente sensível e não exagera em nada na dose melancólica. As dores já eram minhas. E a forma como elas foram acionadas foi mérito de uma excelente direção, do esmero e delicadeza dos personagens e da construção da narrativa super envolvente. Bravo! Também é preciso enxergar as cores da dor.   

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